Uma amiga desabafava hoje nas redes sociais que não foi feita para esta coisa do amor, talvez numa próxima vida. Os comentários não se fizeram esperar: o típico “O que é que se passa?”; o sempre presente “O que é o que malandro fez?”; e o famoso “Tem calma, vais ver que um dia aparece o tal.” O tal, o tal… só se for o tal canal!
Esta eterna busca do Tal, faz-me sorrir. Como se esse Tal, fosse uma espécie de Santo Graal que depois de encontrado, faz tudo ficar certo.
Procuram-se relações, ou melhor, parceiros para uma relação, como procuramos sapatos. Queremos que calce bem, que seja à nossa medida, não pode magoar, nem fazer bolhas. E o Tal é tudo menos isto. Ás vezes o sapato mais insuspeito, aquele que faz bolha e aperta, esse é o Tal. E para ele calçar bem tem de ser usado até ganhar a forma do pé.
Todos os dias me debato com esta procura nas minhas consultas. A dor que o Tal provoca e o que fazer com ela. Ele, que foi ideal no início, agora é torto mas ainda pode vir a ser perfeito.
Sim, não, talvez, bem-me-quer, mal-me-quer. Não se aguenta!
E a pergunta, como é que se pára a dor do Tal?… Não se pára! Abandonam-se as expectativas e tudo fica bem, afinal elas são nossas. Só o tempo é o grande terapeuta na procura e no esquecimento do Tal.
Tudo isto para dizer, que a procura incessante do Tal é uma falha gigante no amar o próprio eu. Não consegues estar contigo e a primeira pessoa que aparece com parte daquilo que tu gostas, é o eleito.
O que posso dizer dentro da minha humilde e modesta opinião é que encontrar o Tal é simplesmente o primeiro passo, de um lento e longo processo de descoberta mútua. Esta incongruência entre o que o outro é e o que eu gostava que fosse, é que provoca esta dor.
Não sei qual é a regra, se é que há regra. Só sei que tendemos a encontrar quando não procuramos. É um padrão, comigo foi assim, porque a ou o Tal cria um buraco que não existia antes. E é a partir desse “buraco” que se começa a construir, a moldar, num processo constante de ajuste e reajuste daquele match perfeito inicial, mas que não basta per si.
Conclusion:
- 1. Não existem formas feitas que encaixem sem ajuste em nós.
- 2. O Tal que vale a pena, dá muito trabalho!
- 3. O Tal aparece quando deixas de o procurar
RUI MOURA | terapeuta ● formador ● coach
Sou fundador e diretor do KINERGIA. A minha formação académica começa com Desporto, seguido de Gestão Comercial e posteriormente evoluiu para a área Terapêutica com o Reiki, Shiatsu, Medicina Chinesa, Coaching e Filosofia Budista. Sou um espiritual prático, cheio de defeitos e com a bênção de poder fazer aquilo amo… cuidar de pessoas, aliviar a dor e vê-las sorrir.
AGENDA KINERGIA
07 MAI 08 MAI |
CURSO REIKI NÍVEL 2 – OKUDEN c/ Rui Moura |
MATOSINHOS Yoga Project Porto |
08 MAI | PARTILHA DE REIKI c/ Alunos de Reiki |
MATOSINHOS Yoga Project Porto |
12 MAI | REIKI A ARTE DE CONVIDAR A FELICIDADE Palestra |
LISBOA Lisboa Racket Club |
14 MAI | CURSO REIKI NÍVEL 1 – SHODEN c/ Rui Moura |
SANTARÉM |
21 MAI | CURSO REIKI NÍVEL 1 – SHODEN |
LISBOA Lisboa Racket Club |
10 JUN 12 JUN |
RETIRO #ONESELF c/ Catarina Castro e Rui Moura |
BARCELOS Seminário da Silva |
01 JUL 03 JUL |
CURSO SHINGON REIKI NÍVEL 1 c/ Mark Hosak |
LISBOA Centro Espiral |